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COLECISTECTOMIA

Colecistectomia é a cirurgia de ressecção da vesícula biliar.

 

Quando ela é indicada? Colelitíase sintomática, colecistite aguda, pancreatite biliar, pólipos, vesícula em porcelana são algumas das principais indicações.

 

Essa cirurgia é em sua maioria realizada por via laparoscópica. Porém, o princípio é o mesmo, por isso atenção aos pormenores.

 

Lesões arteriais e nas vias biliares estão entre as complicações mais temidas de uma colecistectomia. Para evitar sua ocorrência, é necessária adequada compreensão da anatomia das vias biliares.

A identificação da área abaixo é o ponto principal dentre os tempos cirúrgicos:

Este é o triângulo de Calot composto pelo ducto cístico lateralmente, hepático comum medialmente e a borda inferior do fígado superiormente. Seu conteúdo é a artéria cística. Observe atentamente esta imagem para conseguir entender a descrição que segue:

 

 

COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA

 

Tempos cirúrgicos

 

1. Decúbito dorsal;

2. Assepsia e antissepsia;

3. Colocação de campos operatórios;

4. Portal de 11 mm é colocado na posição supraumbilical;

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Podemos acessar a cavidade por duas técnicas:

- ABERTA: Também chamada de Hasson, essa técnica utiliza eletrocautério para seccionar até a fáscia, a qual é fixada com fios de sutura Vicryl 0. A cavidade peritoneal é vista sob visualização direta.

- FECHADA: Também chamada de Veress pela agulha que é utilizada, a qual é inserida às cegas na cavidade peritoneal, após incisão da pele.

Ambas as técnicas são antecedidas por aplicação de anestésico local.

 

5. Criação de pneumoperitônio;

6. Laparoscóspio e portal óptico;

6. Portal de 5 mm é colocado na linha axilar anterior direita seguindo a margem costal, entre a 12ª costela e a crista ilíaca;

7. Portal de 5 mm é colocado na linha clavicular média;

8. Portal é colocado na região epigástrica;

9. Paciente colocado em Tredelenburg;

10. Pinça de apreensão de 5 mm é colocada através do portal mais lateral com fins de retrair a vesícula e a vesícula em direção ao ombro direito do paciente;

11. Pinça é colocada através do portal medial de 5 mm para retrair o infundíbulo e melhor visualizar o triângulo de Calot;

12. Dissecção do triângulo e da artéria cística com dissector de Maryland;

13. Clipagem proximal e distal do ducto císitco;

14. Secção entre os clipes;

15. Clipagem da artéria cística;

16. Dissecção e ressecção da vesícula;

17. Remoção da vesícula pelo portal umbilical com auxílio da bolsa de extração;

18. Irrigação copiosa da cavidade;

19. Portais retirados;

20. Fechamento por planos.

 

 

COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA

 

Tempos cirúrgicos

 

1. Decúbito dorsal;

2. Assepsia e antissepsia;

3. Colocação de campos operatórios;

4. Incisão de Kocher;

5. Afastadores para melhor visualização do campo operatório com tração de pele lateralmente e do fígado superiormente;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6. Identificação e ligadura da artéria cística;

7. Ressecção da vesícula de sua fossa de cima para baixo com eletrocautério;

8. Colocação de clipes no ducto cístico, proximal e distal;

9. Secção do cístico entre os clipes;

10. Remoção da vesícula;

11. Hemostasia e checar se há vazamento de bile;

12. Irrigação copiosa da cavidade com salina;

13. Fechamento por planos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Coloca-se dreno? Nem sempre. Elas, em geral, apontam para a suspeita de lesão de vias biliares.

FICA ESPERTO!!

Acompanhe a seguir algumas dicas para você, futuramente, atingir maior sucesso dessa cirurgia:

- A fim de melhor visualizar o Calot e evitar lesões biliares, podemos retrair o infundíbulo da vesícula biliar lateralmente para abrir o triângulo;

 

- Podem ser utilizados clipes no ducto e artéria cística, técnica mais realizada. Se não for possível no ducto cístico, pode ser utilizado um Endoloop;

 

- Mediante a presença de cálculos no interior do ducto biliar comum, temos como alternativa: exploração por via laparoscópica, aberta ou CPRE no pós-operatório;

 

- As contra-indicações para o procedimento laparoscópico envolvem o risco cirúrgico. Lembre-se que hemorragia de difícil controle, anatomia de Calot indefinida, suspeita de lesão de vias biliares são indicativos da necessidade de conversão do procedimento.

Acompanhe abaixo vídeos dos dois tipos de colecistectomia supracitadas. Qualquer dúvidas, consulte mais as referências utilizadas sinalizadas abaixo ou entre em contato conosco!!

Para ler mais sobre o tema:

(referência)

 

 

 

 

 

 

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